sábado, 4 de julho de 2009

(R) Copa Vicar: Marcelo Tomasoni acredita em recuperação aqui em Interlagos


São Paulo – 04/07/09 – O piloto paulistano Marcelo Tomasoni (CM Capital Markets), da Carlos Alves Competition Team, espera reverter o quadro da sessão de classificação, onde vai largar apenas na 23ª posição, e fazer uma corrida de recuperação para chegar entre os 10 primeiros colocados na prova da Copa Vicar, que acontecerá amanhã (05), no Autódromo Internacional José Carlos Pace.

Marcelo conhece muito bem a pista de Interlagos, onde venceu as duas últimas etapas da categoria Stock Paulista Super, e acredita que possa se valer de sua experiência no circuito, para realizar ultrapassagens seguras e ganhar posições.

A princípio parece ser um trabalho muito difícil, mas é importante lembrar que na última etapa da Copa Vicar, realizada em Santa Cruz do Sul, um autódromo em que o piloto jamais tinha corrido, largou na 20ª posição e conquistou treze colocações no decorrer da prova, terminando na sétima colocação.

“Acredito no trabalho do Carlão e de toda a equipe e sei que posso fazer uma boa prova aqui em Interlagos, que é a minha casa. Não fui bem na classificação por que infelizmente tive uma pane séria no meu carro, que perdia muito nas retas e esquentava o motor”, contou o piloto.

“O problema já foi encontrado e resolvido, era realmente uma pane elétrica, que roubava potência do motor. Como agora está tudo certo, tenho certeza que vou fazer uma boa corrida. Estou muito animado e ansioso para amanhã”, concluiu o paulistano.

O circuito de Interlagos com longas retas e grandes áreas de escape, permite que o piloto consiga fazer ultrapassagens seguras, uma vez que pista está em ótimo estado de conservação, em função das provas de Fórmula Um.
A quarta etapa da Copa Vicar, acontecerá a partir do meio dia do domingo, e terá transmissão ao vivo pelo Speed Channel e pela RaceTV: http://www.racetv.com.br/.


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sexta-feira, 3 de julho de 2009

(R) Na Copa Vicar, Julio Campos larga em 7º e Tomasoni em 23º



São Paulo 03/07/09 – Os dois carros da Carlos Alves Competition Team apresentaram problemas durante a sessão de classificação, que pela primeira vez na temporada foi realizada na sexta feira, para a prova da Copa Vicar que acontecerá no próximo domingo, dia 05, no Autódromo Internacional Jose Carlos Pace, em Interlagos.

O Peugeot 99 de Julio Campos (Sherwin Williams-Metalatex), embora estivesse rápido de reta e com boa aproximação, “perdia” muito na saída da curva, “esparramando” a frente e impedindo que o piloto voltasse cedo o pé para o acelerador. Nessas circunstâncias fica muito difícil ter um bom aproveitamento dos pneus.

“Não conseguimos acertar o “chão” aqui em Interlagos. Eu perdia a frente nas saídas de curva. Mas, acredito que até domingo, a gente consiga resolver esse problema”, afirmou o paranaense Julio Campos.

O problema de Marcelo Tomasoni (CM Capital Markets) foi muito mais complicado de ser identificado. O Peugeot 98 apresentou uma pane que talvez seja elétrica, que “cortava” o comando da direção (que é elétrica) e além disso perdia potência nas retas.

“O carro esquentava e perdia rendimento. A direção desligava e voltava durante a classificação. Não dava para guiar. O carro teve um tipo de ‘blackout’ elétrico”, desabafou Tomasoni.

Para o titular da equipe, Carlão Alves, esses problemas obviamente impediram uma classificação melhor dos dois carros em Interlagos.

“Trabalhamos muito, mas, infelizmente não demos conta de resolver esses problemas que surgiram na classificação. Amanhã os carros não andam e vamos ter muito tempo para encontrar uma solução. Acredito que para o domingo os carros estejam em ordem e os pilotos possam fazer uma boa prova, como fizeram na última corrida em Santa Cruz, e, tragam mais pontos para a equipe”, concluiu Carlão.

A corrida da Copa Vicar será transmitida ao vivo pela RaceTV, com narração e comentários precisos do experiente ex-piloto Edgard Mello Filho, bastando acessar www.racetv.com.br, a partir do meio dia de domingo.




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(R) Carlão Alves está confiante para prova da Copa Vicar


São Paulo 02/07/09 – Carlão Alves, titular da Carlos Alves Competition Team, equipe dos pilotos Julio Campos (Sherwin Williams-Metalatex) e Marcelo Tomasoni (CM Capital Markets), está muito animado e confiante para a prova da Copa Vicar, que será realizada neste domingo (05), no Autódromo Internacional Jose Carlos Pace, em Interlagos (SP).


Na semana passada Carlão “passou” os dois Peugeot de sua equipe no “banco de rolo” da ZL Racing, no sentido de aferir a performance do carro em movimento, uma vez que esse equipamento permite simular o funcionamento do veículo, como se estivesse numa pista de corridas, apenas em linha reta. O resultado da aferição agradou bastante o titular da equipe, principalmente pela intensa competitividade da Copa Vicar, onde qualquer ganho de potência tem vital importância.


“Fomos muito bem no dinamômetro da JL, os dois carros estão próximos em potência. O do Tomasoni tem alguns cavalos a mais que o do Julio Campos, mas nada que seja preocupante. A vitória do Julio e o sétimo lugar do Tomasoni, na última etapa em Santa Cruz do Sul, deixou toda a equipe mais animada, o que é natural. Vamos fazer de tudo para termos um bom resultado aqui em Interlagos. Estou confiante.”, arrematou o experiente Carlão.


Além da expressiva vitória do paranaense Julio Campos em Santa Cruz, Marcelo Tomasoni também venceu duas etapas consecutivas aqui em Interlagos, na categoria Stock Paulista Super, nos dias 31/05 e 28/06, o que sem dúvida nenhuma reforça o animo do paulistano para esta prova da Copa Vicar.


A mudança da classificação para sexta feira, ao invés do sábado, não preocupou o titular da equipe, Carlão acredita que não muda em nada a sua estratégia. “Se começarmos ‘andando’ bem, acredito que até seja melhor realizar a classificação na própria sexta feira, por que sobra mais tempo para uma revisão mais completa no sábado. O importante é estar competitivo no domingo”, concluiu Carlão.


Amanhã o movimento na pista de Interlagos será intenso, uma vez que além dos carros da Copa Vicar, todas as outras categorias irão iniciar as suas respectivas práticas, Copa Nextel, Pick Up Racing e Stock Jr.

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quarta-feira, 1 de julho de 2009

(R) Carlos Alves Competition Team trabalha a todo vapor para a prova da Copa Vicar em Interlagos




release de 17/0609

RACE TV

São Paulo – 17/06/09 – Pela primeira vez nesta temporada, todas as categorias que compõem o evento Stock Car, a saber, Copa Nextel, Copa Vicar, Pick Up Racing e Stock Jr, estarão reunidas no dia 05 de julho, no Autódromo Internacional José Carlos Pace, em Interlagos, para suas respectivas etapas.

Em função da intensa competitividade da Copa Vicar, o time liderado por Carlão Alves, que tem como pilotos o paranaense Julio Campos (Sherwin Willians) e o paulistano Marcelo Tomasoni (CM Capital Markets), motivado pelos ótimos resultados obtidos na última corrida realizada em Santa Cruz do Sul, onde conquistou o total de 34 pontos, a maior pontuação para uma equipe, trabalha a todo vapor para continuar a vencer.

A propósito, no último dia 09 do corrente, Marcelo Tomasoni e Carlão Alves, foram convidados do programa Roda de Box, da Race TV, sob o comando de Edgard Mello Filho, justamente para comentarem a importância da Copa Vicar. O piloto Galid Osman, também participou do programa.

Edgard Mello Filho que foi um dos melhores pilotos do automobilismo brasileiro de carros de turismo domina a matéria, e, conduz o programa de uma forma única, descontraída e extremamente técnica.

Dentre vários tópicos abordados, Edgard ressaltou a severa competitividade da categoria e a grande evolução da equipe de Carlão Alves. Destacou a performance de Julio Campos, ausente no programa em função de compromissos em Curitiba, que venceu a ultima etapa de ponta a ponta e a ótima prova de Marcelo Tomasoni, que incansável, soube "cuidar” dos pneus e ganhou inúmeras posições durante a corrida, chegando em sétimo, marcando pontos de grande importância para a classificação da equipe.

Carlão Alves elogiou a performance de seus pilotos, principalmente a evolução de Tomasoni, que não poupa esforços para aprender e melhorar, demonstrando muita "gana’ e um ótimo entrosamento com o companheiro Julio Campos.

"Desde que comecei a pilotar, sempre senti falta de um ‘'Carlão’ na minha carreira, então faço tudo que é possível para compreender e atender as necessidades dos meus pilotos,” desabafou Carlão Alves.

Marcelo Tomasoni por sua vez demonstrou sua satisfação em participar de uma categoria tão competitiva como a Copa Vicar e que está muito animado com o resultado de Santa Cruz. Faz uma avaliação da última etapa:

"Comecei mal, ‘tomando’ muito tempo do Julinho. Não conhecia o traçado, e sofri nos treinos de sexta feira. A pista de Santa Cruz é complicada. Mas, conversei muito com o Carlão e com o Julio e no sábado já estava bem melhor. Foi na corrida que fiquei a vontade e pude buscar o meu potencial. Tenho certeza que vou andar bem em Interlagos”, destacou Tomasoni.

Para a etapa de Interlagos, Carlão que quer a liderança do torneio, fez uma minuciosa revisão nos dois carros e acrescentou itens técnicos que sem dúvida devem melhorar ainda mais o desempenho dos seus pilotos, principalmente nesta pista que a maioria dos participantes tem uma grande familiaridade. O programa completo da RACE TV vale a pena ser visto, acessando: www.racetv.com.br

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(T) Aurélio Batista Félix, o "pai" da Fórmula Truck!





(matéria publicada no Jornal

Transposhop em 2007)


homenagem ao inesquecível
Aurélio Batista Félix
Olá, moçada!
Sempre falo para vocês que estou no automobilismo há muitos e muitos anos. Desde garoto sempre gostei muito de automóveis, mas os carros de corridas exerciam um fascínio especial. Comecei a freqüentar o autódromo de Interlagos desde cedo, e depois por muitas noites ainda sonhava com as corridas. Nem imaginava em um dia ser piloto, queria apenas olhar para aquelas máquinas e seus pilotos, meus heróis! Felizmente consegui realizar o sonho impossível de um dia participar de uma corrida de verdade. Foi tudo muito difícil, demorou muito, mas eu consegui. Vinha de uma família de classe média, num tempo em que só os grandes e famosos pilotos eram contratados pelas fábricas.

Correr sem ser piloto profissional, só mesmo sendo milionário. Como a maioria das pessoas da minha geração, o meu ídolo disparado era o Luiz Pereira Bueno, o Peroba, talvez o maior piloto brasileiro de todos os tempos! Na verdade quando consegui superar todas as barreiras e finalmente entrar numa competição, realizei 2 sonhos impossíveis: Corri de Opala 4.100, o antecessor do Stock Car, e, tive como companheiro de equipe e professor, o Luizinho. Não dá para esquecer deste dia. Hoje vou fazer uma homenagem para um outro sonhador que como eu conseguiu também transformar seu sonho em realidade. Ele é o santista Aurélio Batista Félix, o idealizador, organizador e promotor da Fórmula Truck.

O Aurélio, como a maioria dos pilotos da Truck também é um ex-caminhoneiro profissional, que desde os 10 anos de idade, trabalhava com o pai entregando pães a bordo do caminhão da família. Aos 15 anos, em virtude do pai ficar impossibilitado de dirigir, o Aurélio assumiu o comando do caminhão e nunca mais parou. Aos 19 anos já era o chefe da família e tocava os negócios com maturidade. Histórias de filhos arrimo de família muita gente conhece, agora o que ninguém nunca viu é uma pessoa sozinha idealizar uma categoria de corridas e conseguir tornar esse ideal realidade. Eu imagino o tamanho da dificuldade, na medida que o multi-campeão de Fórmula 1, Alain Prost, o “professor”, depois que parou de correr, criou uma equipe própria de F-1. Acho que durou 3 ou 4 anos e foi a falência. Toda sua experiência de grande campeão, não foi o suficiente para administrar uma única equipe. Agora, criar uma nova categoria, não de carros de corrida, mas de pesados e lentos caminhões, que se transformam em verdadeiros bólidos e fazer dessa categoria um gigantesco evento desportivo, que agrega em toda prova 50 mil pessoas...

Já contei aqui os problemas que o Aurélio encontrou para homologar oficialmente a Fórmula Truck junto da CBA, Confederação Brasileira de Automobilismo. Demonstrando grande seriedade e habilidade, o Aurélio não só conseguiu o apoio da CBA, mas também a admiração de seu presidente. Na homenagem que recebeu da Prefeitura Municipal de Santos, onde foi condecorado com a medalha de Honra ao Mérito “Braz Cubas”, a maior honraria concedida pela cidade, o próprio presidente da CBA, Paulo Scaglione estava presente. A maioria dos pilotos da Truck, dentre centenas de convidados e demais autoridades, também foram prestigiar o evento.

Todos os pilotos de Fórmula Truck que entrevistei nesta coluna, foram unânimes em elogiar as qualidades do Aurélio Batista Félix. Ele comanda com mãos de ferro um verdadeiro batalhão de colaboradores e em cada fim de semana de corrida, contrata um número de 700 pessoas para realizar o evento. Além disto, ele participa ativamente dos shows que antecedem a competição, praticando atividade de “show man”, no comando de vários caminhões ao mesmo tempo realizando manobras radicais.

Está à frente de tudo que envolve a categoria, e talvez por isto mesmo, ela não pare de crescer. Ele próprio inspeciona as obras de melhoria dos circuitos onde a Fórmula Truck se apresenta. Já disse que vi grandes empresas de promoção e publicidade, terem sido contratadas para promover uma categoria de automobilismo e embora fossem competentes e tivessem expe- riência, as coisas não davam certo e a categoria acabava desaparecendo. O Aurélio embora não tivesse nenhuma experiência na promoção de eventos esportivos, conseguiu como ninguém solidificar a Fórmula Truck, servindo até de exemplo para outras categorias tradicionais do automobilismo.

O seu sistema de promoção é único, e eu sei que a Fórmula Truck agita as cidades por onde passa. Com ele não tem crise, a coisa “tem” que dar certo! Para a próxima etapa que será realizada em Cascavel, é esperada uma quebra no recorde de público de mais de 50 mil pessoas. O Aurélio merece!
É isso aí. Até a próxima

terça-feira, 30 de junho de 2009

(T) BIA FIGUEREDO CONQUISTA A AMÉRICA




Olá, moçada!

Há exatamente 60 anos atrás, o Brasil realmente iniciou sua projeção no automobilismo internacional, com Chico Landi, excepcional mecânico e piloto paulista, que venceu o Grande Prêmio de Bari, na Itália, a bordo de um Alfa Romeo. Nesse tempo, havia apenas duas categorias de pilotos, os nobres e milionários, e os homens simples, geralmente de famílias modestas, mas com grande talento e maior ainda conhecimento de mecânica.

Além de vencer o GP de Bari, Chico Landi ainda participou de 6 corridas na recém-inaugurada F-1, sempre andando entre os primeiros, representado as mais importantes fábricas da época, Ferrari e Maserati.
No ano de inauguração da Stock Car, em 1979, tive a honra de ter o motor de meu Opala 4.100, preparado pelo grande Chico Landi, e pude ouvir dele próprio histórias incríveis do automobilismo.

Contava sempre das dificuldades que teve que superar, para alçar o topo do automobilismo mundial. Obviamente só conseguiu chegar aonde chegou em virtude de sua fantástica habilidade no volante. Na ocasião o Brasil era um país sem a menor tradição no automobilismo, não fabricava nem carros, nem sequer bicicletas. O Chico Landi superou tudo, e escreveu o seu nome para sempre no automobilismo mundial.

No último sábado, 60 anos depois da vitória de Landi, a piloto brasileira Bia Figueiredo, de apenas 23 anos, venceu a corrida de Indy Light e se tornou primeira mulher do mundo, a vencer nessa categoria do automobilismo americano. Guardando as proporções, sou obrigado a traçar um paralelo com o duro caminho trilhado pelo Chico Landi naquela época e o agora trilhado pela Bia, única mulher a vencer numa categoria internacional.

É óbvio que o Brasil cresceu, virou potência emergente, construiu uma grande indústria automobilística, o interesse das empresas pelo automobilismo aumentou e muito, foram 3 campeões mundiais de F-1 e etc. Mas, será que para uma mulher brasileira, sem um sobrenome com tradição no automobilismo, chegar à Fórmula Indy, nos dias de hoje é tão difícil quanto foi para o Landi? Acho que até mais difícil. É preciso ter muita raça e muito talento.

A paixão da paulistana Bia Figueiredo pelo automobilismo começou cedo,
foi em 1990, com apenas 5 anos de idade, quando foi com o pai assistir a uma corrida de kart em Interlagos. Daí para frente passou a freqüentar o kartódromo sempre acompanhada pelo pai, até que aos 9 anos, tanto fez que conseguiu ganhar um kart e participar das competições. Participou por 9 anos consecutivos dos campeonatos Paulista e Brasileiro, andando no pelotão da frente. Foi campeã da Copa Sorriso Petrobras e vice-campeã da Seletiva Petrobras, disputada entre os 12 melhores pilotos de kart do Brasil.

Em 2003 trocou o kart pela competitiva Fórmula Renault e é a única mulher do mundo com vitória nesta categoria. Foi a melhor piloto estreante da categoria. Também foi a única do mundo a fazer uma pole position de Fórmula 3 Sul-Americana.
Em 2006 chegou a participar de uma prova de Stock Car Light, gostou muito de pilotar um carro de turismo, mas preferiu se concentrar nos fórmulas e tentar fazer carreira no exterior.

Lutou bravamente contra tudo e contra todos e finalmente estreou na Indy Lights em 2008, categoria de acesso à Fórmula Indy. Pilotando um Dallara com motor Nissan de “apenas” 450 cavalos, da equipe Sam Schmidt Motorsports, foi à primeira mulher do mundo a subir num pódio da categoria e também a primeira em terminar entre os “top Five” em Indianápolis. No último sábado dia 12 de julho, venceu a tradicional corrida de Nashville, com direito a guitarra e tudo mais. Já ocupa a 3ª posição no campeonato, com grandes chances de abocanhar o título.

A Bia Figueiredo é uma guerreira, que “manda a bota” e tem qualidades e talento suficientes para conquistar um título de Fórmula Indy, ou de Fórmula Um! É só pagar para ver. É isso aí. Até a próxima.

(T) MORO DESBANCA FERRARI EM TARUMÃ


"Esse release de abril, publicado na revista Talento & Motor, é minha homenagem a familia Moro, que construiu um carro aqui no Brasil, e, deu um solene 'pau' nas Ferraris"!


São Paulo (07/04/09) - O difícil e rápido circuito do Autódromo Internacional de Tarumã, Viamão (RS), foi palco da espetacular vitória do protótipo gaúcho MetalMoro MRX Turbo n° 28, pilotado pela dupla gaúcha, Juliano Moro/ Christian Castro, no último domingo dia 5 de abril, na prova válida pela segunda etapa do Campeonato Brasileiro de Endurance.

Além da vitória praticamente de ponta a ponta sobre os 36 carros que compuseram o grid de largada, na verdade o que realmente chamou a atenção de todos, foi a classificação realizada no sábado, onde o fantástico carro, com Juliano ao volante, conseguiu "quebrar” o recorde do circuito e "virar” com o incrível tempo de 59s986, com média horária de impressionantes 181,002 quilômetros por hora. É importante lembrar que apenas carros de fórmula, até este sábado, tinham completado os 3.016 metros do circuito, "virando" abaixo da marca de um minuto.

O segundo colocado no grid de largada foi a potente Ferrari F430 GT2, pilotada pela dupla paulista Daniel Serra/Francisco Longo, com o tempo de 1.01:110, que também terminou a prova na mesma colocação, mas, com duas voltas de desvantagem.Para Ademar Moro, pai de Juliano e titular da equipe MetalMoroSport, o resultado da corrida foi histórico:

"A briga foi de cachorro grande, virar tempos de classificação durante uma corrida de 3 horas, foi uma prova de fogo para um projeto digamos nacional ‘caseiro’. Temos certeza que podemos evoluir um pouco mais, indo para a pista com mais tranqüilidade e realizando um pouco mais de treinos” comentou o empresário.

"Em resumo, temos um chassi que atende prontamente a qualquer regulagem que se faça, com uma boa aerodinâmica, um excelente motor, e dois pilotos (Juliano e Cristian), que cumprem a função de voar pela pista e trazer de volta para os boxes um carro vitorioso e inteiro”, concluiu o pai orgulhoso.

Realmente é impressionante que um carro totalmente projetado e construído no Brasil, apenas com o bloco do motor do Audi 4 cilindros, tenha conseguido ser tão rápido e ter sua durabilidade comprovada numa prova de 3 horas de duração, dominando um carro da marca Ferrari, cuja tradição nas pistas não precisa sequer ser comentada. O terceiro lugar do pódio foi ocupado pelo piloto Geciel Andrade, a bordo do protótipo MCR Tubarão, também de fabricação da empresa gaúcha MetalMoro.

A próxima etapa do Campeonato Brasileiro de Endurance será a tradicional prova "Quinhentos Quilômetros de Interlagos”, que acontecerá no dia 05 de julho, no Autódromo Internacional José Carlos Pace, em Interlagos, zona sul de São Paulo.

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segunda-feira, 29 de junho de 2009

(T) Um Toque de Midas


matéria publicada no site oficial da stock car em 09/05/08



Olá, moçada!


No ano de 1.993 a General Motors voltou a apoiar a Stock Car e em paralelo, introduziu no Brasil uma categoria que vinha fazendo grande sucesso na Europa, a Fórmula Opel. Aqui a nova modalidade foi batizada de Fórmula Chevrolet e tinha como meta principal, facilitar o acesso de jovens pilotos ao mundo dos “fórmulas”. A GM contratou uma empresa especializada em promoção e publicidade para divulgar os novos campeonatos, tanto o de fórmula como o de Stock Car, na medida em que as duas corridas seriam realizadas no mesmo evento.


Para a Stock foi elaborado um novo regulamento desportivo, que permitia duas baterias de corridas no mesmo dia, possibilitando que dois pilotos participassem do campeonato no mesmo carro. Outra novidade foi a divisão da Stock em duas, uma denominada A e a outra B (hoje Copa Vicar), embora a corrida fosse única. Os pilotos profissionais e campeões participavam da A e os pilotos estreantes e que pretendiam retornar à categoria, participavam da B. A primeira prova do campeonato realizada em Goiânia, foi vencida pela dupla de pilotos estreantes na categoria, Carlos Col e George Lemonias, o Gregão.


Como eu estava retornando a Stock Car, mas não participei desta prova, o meu amigo e piloto Carlão Alves, que então corria na A, dono da Carlos Alves Competition Team equipe preparadora do meu motor, alertou-me a respeito da vitória do Carlos Col na categoria B, piloto que ele conhecia de longa data e que já tinham disputado muitas corridas do campeonato paulista de Hot Car. Lembro-me que falou que eu teria pela frente um osso duro de roer. Preparei-me mentalmente ainda mais, para enfrentar o tal Carlos Col e seu parceiro Gregão.


Eu como não tinha patrocínio nem parceiro, fui para a próxima corrida apenas com a cara e com a coragem. Também nunca tinha andado no autódromo de Guaporé, no interior do Rio Grande do Sul, local da segunda etapa, mas o Carlão me fez um mapa do circuito e andou comigo na pista, me ensinando os pontos de freada e de aceleração. Tive muita sorte e consegui vencer a corrida na categoria B.


Nessa prova conheci pessoalmente o Carlos Col e realmente ele foi um osso duro de roer. Guiava muito bem, mas, além disso, era muito frio e calculista, e pacientemente esperava à hora certa para dar o bote! O seu parceiro Gregão também era muito rápido e bom piloto, mas ao contrário do Col era previsível, e deixava transparecer tudo o que pretendia fazer na pista. Nesse ano disputamos boas corridas e o Carlos Col e o Gregão venceram merecidamente o campeonato. O Col no ano seguinte participou da Stock Car na categoria A, já a bordo dos novos Ômegas que substituíram os antigos Opalas carenados, e no fim desse ano encerrou sua carreira como piloto.


Não se afastou da categoria e em 1999 fundou a VICAR para administrar a Stock Car, transformando-a numa categoria rica, onde os pilotos podem sobreviver apenas de sua profissão. A maior parte deles, ganha o suficiente para construir uma expressiva carreira aqui mesmo no Brasil. Podem continuar próximos de suas famílias e de sua terra natal, sem o sofrimento e as privações que muitos pilotos passam na Europa e nos Estados Unidos. Na verdade, existem pilotos com experiência internacional, que conseguem mais sucesso na Stock Car do que o alcançado no exterior.


A personalidade calma e fria do Col, aliada a uma capacidade política e administrativa ímpar, fizeram com que ele transformasse paulatina e perseverantemente, a Stock Car num evento esportivo jamais imaginado por qualquer amante do automobilismo brasileiro. Muita gente conceituada e experiente tentou, mas conseguiu fazer muito pouco pelo automobilismo interno nesses quase 100 anos de existência do esporte a motor. As montadoras e seus departamentos de promoção e marketing se empenharam, mas as categorias não tiveram consistência e durabilidade.


Aos poucos as fabricas se retiravam do automobilismo e tudo ficava por isso mesmo. Qualquer um que conheceu a Stock Car do passado e compara com a atual, é forçado a reconhecer o indiscutível valor do Col. Francamente, quem poderia sequer imaginar um premio de hum milhão de dólares para uma única prova? Ele é um engenheiro mecânico que deu certo no mundo do marketing esportivo.


Como o personagem Midas da mitologia grega de 800 anos a.C., que transformava em ouro tudo o que tocava, o Carlos Col viabilizou a Stock Car como um grande e rico negócio, onde todos aqueles que fizerem um bom trabalho, podem viver com qualidade e respeito. É isso aí. Até a próxima.

(T) INGO HOFFMANN






Olá, moçada!


Faltam poucos dias, para que a Stock Car complete a sua trigésima temporada consecutiva. No próximo domingo, dia 7 de dezembro, em Interlagos, acontecerá à última etapa da Copa Nextel. O título só será decidido na prova derradeira, o que confirma a competitividade da categoria. Apenas 1 ponto entre Ricardo Maurício e Marcos Gomes. Acredito que foi a temporada mais apertada desde a criação da EUROFARMA Super Final.


Por outro lado, a prova de Interlagos também será palco da última corrida de Ingo Hoffmann, o maior piloto de todos os tempos da Stock Car. Estava presente na sua primeira corrida em Interlagos, no “Festival do Ronco” de 1972, há exatamente 36 anos atrás, e agora vou ter o privilégio de também estar assistindo a última prova da sua longa e brilhante carreira na Stock Car.


Já contei para vocês (ver minha primeira matéria aqui do site, “O inigualável Alemão”) como começou a nossa longa amizade.


Mas, hoje quero falar de duas corridas que o Ingo venceu, das mais de trezentas que disputou apenas na Stock Car, que sem dúvida nunca mais vou me esquecer e com certeza ele também. A primeira foi uma prova realizada no autódromo de Curitiba, em 1996. Embora tivesse no sábado conseguido a pole position, teve seu carro desclassificado na pesagem, por apenas 600 gramas, isso mesmo, pouco mais de meio quilo, num Omega Stock Car de aproximadamente 1.200 quilos! A punição foi perder a pole, e, ainda ter que largar na última fila.


O domingo amanheceu com muita chuva e com uma neblina encontrada apenas em Londres. Não dava para enxergar nada e a pista estava verdadeiramente encharcada. Para quem tinha feito a pole no seco, largar em último com a pista neste estado, realmente era uma punição muito pesada. Largar na frente sempre facilita o trabalho do piloto, principalmente quando a pista está molhada. Apenas o ponteiro enxerga, o resto dos pilotos guia muito mais com instinto do que com a razão.


Mesmo nessas condições a largada foi dada e ninguém via nada. Só o Ingo que via tudo, porque foi passando um a um, como se para ele não tivesse nem chuva nem neblina. Muitos carros entraram nos boxes para limpar os vidros embaçados, mas o Ingo continuava na sua incrível batalha. Acho que na última volta, no fim da reta dos boxes, ultrapassou o ponteiro que era o Xandy Negrão e cruzou a linha de chegada na primeira posição. Ganhou mais de 30 posições durante a corrida! Nem ele próprio sabia, nem ninguém acreditava que tivesse ganho a corrida.


Apenas a cronometragem oficial, pode confirmar o resultado. Depois da vitória contou que pilotava olhando para referências laterais na pista, isto é, não ficava olhando apenas para frente, por causa da barreira da neblina. Quando estava bem próximo de um adversário, conseguia ver a luz de freio e então fazia a ultrapassagem. Guiou assim a corrida inteira.


A outra prova inesquecível, aconteceu no autódromo Oscar Galvez, em Buenos Aires, na temporada de 2006. A previsão do tempo vinha indicando que o fim de semana estaria sujeito a chuvas esparsas, mas o problema é que a pista de Buenos Aires não tinha a drenagem perfeita e acumulava muitas poças em pontos de alta velocidade. Para se ter uma idéia, a curva 2 era contornada a velocidade de 195 km/h, e os carros chegavam à curva orquídea a aproximadamente 245 km/h.


Mas, o real problema desse circuito, além da drenagem deficiente, era a grande quantidade de terra que descia para a pista, formando um verdadeiro rio de “lama” sobre o asfalto. Pois bem, o incansável Ingo largou na oitava posição e aos poucos, com muita segurança, esbanjando talento e coragem, foi ultrapassando os concorrentes um a um, como se para ele a pista estivesse seca e limpa. Fez a maioria das ultrapassagens por “fora” do traçado, usando a parte mais suja da pista, até conseguir a primeira posição.


Quando parou nos boxes, o seu pára-brisa era só lama, porque além de tudo tinha acabado a água do reservatório do esguichador. Na coletiva de imprensa, contou que vinha guiando como se estivesse num rally na terra, olhando a pista sempre por “cima”. Ninguém entendeu o que ele quis dizer, mas todos nós rimos muito e aplaudimos.


Para mim essas duas corridas, resumem a maravilhosa carreira de Ingo Hoffmann na Stock. Ele é um piloto fantástico que jamais será igualado. Depois que o Pelé parou de jogar, todos ficaram procurando e esperando o seu substituto. Até hoje ele nunca foi encontrado. O caso do Ingo é o mesmo, é o Rei da Stock Car. Pelo menos ele vai continuar por perto, para a gente matar a saudade. É isso aí. Até a próxima.


(T) THIAGO CAMILO: FILHO LEGÍTIMO DA STOCK CAR





Olá, moçada!


Todos nós que amamos o automobilismo, aplaudimos entusiasticamente o fantástico crescimento da Stock Car. Os mais céticos e os críticos de plantão, são forçados a reconhecer o estrondoso sucesso da categoria. Os negativistas e os pessimistas devem estar coçando a cabeça, inconformados com os patamares atingidos pela Stock Car. Felizmente são a minoria e, portanto não pesam na balança.

A verdade é que a Stock Car, além de ser um evento esportivo de padrão internacional, permitiu o surgimento de profissionais de valor e competência, que nada devem aos melhores do mundo em carros de turismo. O piloto Thiago Camilo é a prova material dessa evolução da categoria. Com o fortalecimento e o enriquecimento da Stock Car, pilotos brasileiros de grande expressão e experiência, radicados no exterior, muitos com passagens marcantes na Fórmula Um, retornaram para o automobilismo nacional e permitiram essa comparação.

O Thiago Camilo nunca correu fora do país em outras categorias, é oriundo do kart, e iniciou sua carreira no automobilismo na Stock Light, atual Copa Vicar, com apenas 16 anos, na temporada de 2.000. Ele é filho do ex-piloto Bel Camilo, e obviamente teve o apoio da família para começar no kart aos 12 anos em 1996, quando foi 3º colocado no campeonato paulista. No ano seguinte foi vice-campeão paulista, e em 1998 3º colocado na Copa Brasil de Kart. Em 1999 se consagra vice-campeão do 1º Turno Parila. Em 2000, demonstrando coragem e determinação, trocou o custo de uma temporada inteira de kart, por apenas uma corrida de Stock Car Light. Em 2001 consegue apoio financeiro para disputar todas as provas do campeonato, e termina o ano em 3º lugar, conseguindo 2 poles e 2 vitórias.

Em 2002 é novamente 3ª colocado no campeonato, com 3 vitórias e 4 poles positions. Os resultados obtidos na Light facilitaram o seu acesso à Stock V8, atual Copa Nextel, conseguindo um 5º lugar na prova de Londrina e terminando o campeonato na 17ª posição. Em 2004, com apenas 20 anos é considerado o piloto revelação da categoria. Confirma sua rapidez, conseguindo a melhor volta na 2ª etapa em Interlagos, além disso, faz a pole no rapidíssimo circuito de Tarumã, e ainda por cima vence a corrida em Interlagos, a última da temporada, com direito a pole position e melhor volta, e se consagra o mais jovem vencedor, em toda a longa e competitiva história da Stock Car V8.



Em 2005 repete a dose, vitória, pole position e melhor volta, na corrida do Rio de Janeiro, obtendo ainda mais 2 melhores voltas em outras provas. Termina o campeonato na 7ª posição. Na temporada de 2006, vence de ponta a ponta a corrida de Curitiba, capitalizando pontos suficientes para ingressar na terceira colocação no temível e desconhecido play-off, e termina o campeonato na 6ª posição. Em 2007 outra vez, vitória, pole e melhor volta, agora no circuito de Londrina, ingressa no play-off em segundo, atrás apenas do experiente Cacá Bueno e termina o campeonato na terceira posição. Na atual temporada está em terceiro lugar no campeonato.

Esses resultados demonstram que o Thiago é um piloto rápido e também consistente, porque raramente se envolve em acidentes e consegue terminar as corridas, acumulando muitos pontos no campeonato. Os números obtidos provam que, ele é um dos melhores pilotos da extremamente disputada Copa Nextel, e, que encara de igual para igual os adversários muito mais experientes. Não precisa se preocupar em ir correr na Europa ou Estados Unidos, no sentido de aprimorar seus conhecimentos técnicos.

Mal comparando com seleção brasileira de futebol, toda vez que existe uma convocação, até para jogos amistosos, a maioria dos jogadores convocados, atua em times estrangeiros, e justamente são chamados em face à sua experiência internacional. O crescimento gigantesco da Stock Car, sem dúvida nenhuma vai facilitar o surgimento de novas estrelas, que possam brilhar e muito no cenário automobilístico brasileiro, mas com repercussão internacional. O Thiago Camilo é filho legítimo da Stock Car, e prova que, santo de casa também pode fazer milagres! É isso aí, até a próxima.

domingo, 28 de junho de 2009

(T) TONY KANAAN, um bom camarada!


texto publicado no Jornal Super Auto em 26/06/2006

Olá, moçada!

Aproveitando a entressafra proporcionada pela Copa do Mundo, vou contar para vocês um pouco da carreira do piloto Tony Kanann, Campeão Mundial de Fórmula Indy de 2004 e vice-campeão de 2005. Como vocês sabem o Tony é também patrocinador dos pilotos de Stock Car Jr., Felipe Polehtto e Guilherme de Conto.O Tony começou no kart em 1985 e foi o estreante do ano.

De 1986 até 1991, venceu consecutivamente 5 campeonatos paulista e 1 brasileiro. Chamou tanta atenção com os seus resultados extremamente expressivos, que em 1993 aos 18 anos, já estava disputando o Campeonato Europeu de Fórmula Opel. Em 1994, foi convidado para participar do Cam-peonato de Fórmula Alfa Boxer, na Itália, uma categoria equivalente a Fórmula 3. Aceitou e foi campeão, conseguindo um título inédito para o Brasil.

Pretendia disputar mais um título na Boxer e no ano seguinte partir para a Fórmula 3.000, que era na ocasião, a categoria de acesso a Fórmula 1. Mais seus planos foram completamente alterados, por que recebeu um convite para disputar uma seletiva patrocinada pela Marlboro, de Indy Light nos Estados Unidos.
Agradou tanto, que foi então convidado para participar do campeonato, tornando-se vice-campeão de Indy Light em 1996.Mudou-se para os Estados Unidos, e no ano seguinte já faturou o campeonato. Em 1998, já correndo na categoria principal, então denominada de Fórmula Cart, foi considerado o estreante do ano.
Sempre vencendo corridas e tendo atuações marcantes, em 2004 foi Campeão Mundial de Fórmula Indy.

Estipulou uma marca inédita na história do automobilismo norte americano, na medida em que completou todas as voltas das 15 etapas da temporada, entre os 5 primeiros, totalizando 3 305 voltas! Nenhum outro piloto conseguiu este feito.
Em 2005, foi vice-campeão da Indy e conseguiu fazer a pole posi-tion para as 500 Milhas de Indianápolis, o maior evento automobilístico do mundo. Já subiu ao pódio por duas vezes, uma em 2º outra em 3º, só falta mesmo é vencer a corrida.

Muito bem, como vimos, os resultados só confirmam que o Tony Kanaan é um dos melhores pilotos brasileiros em atividade no exterior. Mas, o que realmente quero destacar é que embora seja um profissional consagrado e reconhecido no mundo inteiro, ainda consegue tempo para apoiar materialmente o automobilismo brasileiro. Este é o lance! Nunca vi um piloto no auge de sua carreira, se preocupar com o andamento do esporte aqui no Brasil.

Quando soube da iniciativa do Tony, em fazer uma seletiva para apoiar a carreira de um piloto na então desconhecida Stock Jr., fiquei muito surpreendido e aguardei o andar da carruagem. Para minha satisfação, o Tony não só efetivamente patrocinou o piloto vencedor da seletiva, no caso o Polehtto, como estendeu o patrocínio para mais um. Sempre que pode está na Stock, estimulando e orientando os seus protegidos. Além disso, ainda participa e já venceu 6 vezes, as 500 Milhas de Kart da Granja Viana. Tem tempo para tudo!

Outro detalhe marcante de sua personalidade é a preocupação com os mais desfavorecidos, na medida que fundou, em parceria com o amigo de longa data e piloto de Fórmula 1, Rubens Barrichello, o IBK, Instituto Barrichelo Kanaan, que é uma entidade sem fins lucrativos, com a finalidade de oferecer apoio financeiro e técnico, para entidades do terceiro setor, que dão assistência a crianças, adolescentes, jovens e idosos.O IBK, em função da grande expressão pública de seus fundadores, tem facilidade para captar parceiros que patrocinem suas ações sociais dirigidas.

Ele diz: “nós tivemos um início de carreira muito similar e contamos com ajuda de pessoas para realizar nossos sonhos. O que queremos fazer, nada mais é do que ajudar pessoas a realizarem seus sonhos. Para isso montamos o IBK”.

A impressão que eu tenho é que o Tony é uma pessoa que está de bem com a vida, está sempre sorrindo e com uma cara de felicidade. Cheguei até a pensar que ele teve sorte de ter ficado nos Estados Unidos e não ter ido para a Fórmula 1. Me parece que a Fórmula 1, em função de tanta pressão, massacra os pilotos, tira sua espontaneidade e alegria. O Emerson Fittipaldi que andava muito triste, depois da Fórmula 1, foi para os Estados Unidos, recuperou sua motivação, venceu tudo de novo, abriu o caminho e voltou a sorrir como um grande campeão que é. Ele próprio disse que lá é diferente, se premia muito mais o vencedor.
Portanto, o Tony Kanaan é que está certo, é um bom camarada que vive feliz em Miami, em sua bela casa ao lado da esposa Daniele, curtindo a sua Ferrari 430 “rosso” personalizada pela fábrica, e a sua Honda 1 000 Repsol, sempre com os olhos brilhantes voltados para o Brasil. É isso ai. Até a próxima.

(T) O mito Paulão Gomes!



(matéria publicada no Jornal Super Auto em 23/02/07)




Olá moçada.

Depois que fiz o curso de pilotagem do Expedito Marazzi e obtive minha licença de piloto de competição, já no ano seguinte, em abril de 1978, no Autódromo Internacional de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, fiz minha estréia no automobilismo. O campeonato que existia na época chamava-se Torneio Rio São Paulo de Turismo, com as categorias, classe “A”, até 1 300 cilindradas, classe “B“, até 1 600, e classe ”C“, até 5 000cc. A classe ”A“ era dominada pelos Fiat 147; a ”B“ pelos Passat TS e a ”C“ pelos Opala 4 100. Foi nessa última que corri. Já disse em outra matéria, que o Zeca Giaffone e o Raul Boesel estrearam junto comigo, no mesmo dia e na mesma categoria.

O que não disse, é que eu estava no box, junto com meu grande mestre e companheiro de equipe, Luiz Pereira Bueno, o “peroba”, um dos maiores pilotos da história do automobilismo brasileiro, e, após o 1º treino, cansado por causa do calor, fui refrescar o rosto no banheiro que ficava nos fundos do box. Nisso ouvi alguém entrar, cumprimentar o Luizinho e perguntar quem era o “carinha que ia guiar o outro carro da equipe”. Quando ouvi o comentário pejorativo, (na verdade não foi carinha o que ele disse), voltei imediatamente para o box e dei de cara com um sujeito grandalhão, barbudo, mal encarado e de macacão de piloto. Ele que não sabia que eu estava ouvindo, ficou meio sem jeito e me cumprimentou, mal respondi, mas tremi por dentro.

Era o Paulão Gomes, o “rei da pista”. Claro que eu conhecia o Paulão, mas de longe, como aficionado, não como futuro “colega” de pista. O meu começo no automobilismo, foi muito difícil, nunca tinha andado de kart e também não tinha recursos para preparar um carro. Tentei estrear muitos anos antes, em 1970, mas não deu certo, e, um outro dia eu conto a história. Então, depois de 8 anos tentando participar e no fim conseguindo logo no primeiro dia, vem o Paulão me amedrontar! Mesmo assim fiz minha estréia, larguei em último dos 32 carros por não ter classificado e depois de 2 rodadas, ainda consegui chegar em 15º. Como tinha esperado muito para conseguir correr, queria fazer tudo de uma vez, para recuperar o tempo perdido.

Depois de 4 ou 5 corridas, inventei que queria correr fora do Brasil, que já estava pronto para correr no automobilismo internacional e fui atrás de realizar o meu sonho. Arrumei o patrocinador, os parceiros Guaraná e o Marinho Amaral, e a equipe francesa Team Gacchia, com Porsche 935, para disputar às 24 horas de Le Mans na França. Faltava “apenas” a carteira de piloto internacional. Aí é que foi o grande problema. Eu não sabia que para obter a licença internacional, precisava pelo menos ter disputado um campeonato brasileiro completo, obtendo 2 colocações entre os 6 primeiros colocados.

Eu que tinha feito apenas 5 corridas, logicamente que não poderia receber a licença. Fiquei muito frustrado, mas como já estava tudo acertado e não dava para voltar para trás, tinha que colocar alguém no meu lugar. Na mesma hora pensei num piloto que desse conta do recado, e que ao contrário de mim, já tivesse experiência internacional, pensei no “rei da pista”. Tinha que ser o Paulão! Entrei em contato com ele, contei o que tinha acontecido, ele não relutou, imediatamente aceitou e então fomos todos para a Europa. Resultado: o time brasileiro terminou a corrida em 7º lugar na geral e em 2º na categoria.

Foi um sucesso absoluto. Depois disso, ficamos grandes amigos, corri de Opala junto com ele e até hoje temos uma sincera amizade. Quando chamei o Paulão não foi à toa, ele já era um piloto consagrado. Já tinha guiado e vencido com todos os mais fortes carros de corridas, inclusive com o Ford GT 40, um potentíssimo protótipo V8. Já tinha corrido na Europa de Formula 3 e sempre foi um piloto muito respeitado. Continuou competindo e vencendo, ganhou 4 campeonatos de Stock Car.

Mas o interessante, é que depois de tantos anos, na verdade 27 anos, o Paulão continua com a mesma garra e perseverança. Foi o que eu vi na última edição das Mil Milhas. Fui para Interlagos, cobrir a prova para o jornal SuperAuto, e acabei ficando no box do Paulão. No primeiro treino com o Corvette, embora nunca tivesse guiado aquele carro, o Paulão ficou apenas a 0,7 décimos de segundo do piloto oficial da equipe, o holandês Mike Hezemans. O Mike é um piloto jovem, rápido, e muito experiente, além disso só em 2005 venceu 2 corridas do Campeonato de Fia GT, na China e na Itália, a bordo da mesma Corvette. No segundo dia de treino, o Paulão, embora não coubesse direito dentro do carro, por que o Mike é um piloto de baixa-estatura, ele já conseguia virar o mesmo tempo do Mike.

A surpresa da equipe foi tão grande, que pediram para o Paulão dar a largada em virtude de sua experiência e conhecimento da pista. Não deu outra. O Paulão guiou como nunca, ultrapassou o Aston Martin vencedor da prova, e o protótipo ZF que tinha feito a pole position. Foi mais de uma hora, de pura alegria e satisfação, admirando o Paulão disputar metro a metro com os outros carros mais potentes e brilhantemente vencer a disputa. Só foi para o box, para a troca de piloto, quando já estava na 1ª posição. A Corvette ficou em 1º até a metade da prova, e só perdeu a posição quando apresentou um defeito. Fez a 2ª melhor volta da prova.

Se o carro não desse pane, o Paulão teria vencido a corrida pela segunda vez. Foi assim com GT 40, BMW, Mercedes DTM, Porsche, Corvette, Maserati, Maverick V8, Opala 4100, Fórmula 3, Super Vê, Stock Car, enfim, com qualquer carro de corrida, o Paulão sempre deixou a sua marca. Tanto é verdade, que foi convidado pelo Mike para disputar junto com ele o Campeonato Mundial de FIA GT de 2006! O Paulo Gomes é um verdadeiro mito! É isso aí. Até a próxima.


(T) Fórmula Truck - Segredos da Pilotagem do Truck!




matéria publicada no Jornal Transposhop em 03/04/07

Olá, moçada!

Já disse muitas vezes que a minha experiência em corridas é oriunda da Stock Car. Mas, também tenho acompanhado outras modalidades de automobilismo durante praticamente toda a minha vida. Sempre gostei de automobilismo de competição e também admirei quem tem habilidade para conduzir bem um carro ou uma motocicleta, mesmo fora das pistas. Desde criança conseguia distinguir um bom motorista de um outro comum. Sempre fui ligado na “guiada”, na troca de marchas, nas freadas enfim em tudo que engloba uma condução diferenciada.


Embora o meu pai fosse advogado, sempre gostou do campo, e me lembro que todo fim de semana íamos todos para o nosso sítio. Depois, quando já tinha 10 anos, o meu pai comprou uma fazenda em São Fidelis, sua cidade natal, no estado do Rio de Janeiro. Lá na fazenda, aprendi aos 12 anos de idade, a guiar um caminhão Nash, de caixa de cambio “seca”, isto é, sem sincronizador o que dificulta sobremaneira a troca de marchas. Guiava o Nash para todo lado, inclusive muitas vezes carregado com 10 toneladas de cana, para levar para a usina de açúcar.

Quero dizer com isso, que sou de um tempo em que guiar bem, era algo muito importante e diferenciava as pessoas. Não existia Kart nem vídeo game nada era virtual, tudo tinha que ser de verdade. Os homens que guiavam bem eram mais respeitados por todos os outros homens. Hoje em dia, só no automobilismo de competição é que guiar bem faz a diferença. No dia a dia, desde que a pessoa guie mais ou menos já é o suficiente para não se envolver em acidentes e de vez em quando fazer uma pequena viajem. Uma boa guiada na rua ou na estrada, não chama mais a atenção de ninguém.

Voltando à Fórmula Truck, quero dizer que reparo muito na tocada, meus ouvidos são sensíveis para as trocas de marchas, para as freadas brutas, para a maneira com que os pilotos saem dos boxes. Enfim, reparo em tudo o tempo inteiro. A conclusão que cheguei é que guiar um Truck é mais difícil do que qualquer outro carro de corridas! Sabem por quê? Porque obviamente é muito mais pesado, pesa de 3 a 4 vezes um carro de turismo e quase 10 vezes um carro de fórmula. Outro fator complicador é que o Truck usa pneu comum de rua, somente “lixado” como um slick, para aumentar a aderência.

Realmente o fato de ter seus sulcos diminuídos faz com que tenha um grip maior, mas fica evidente que não é o bastante para suportar um peso imenso em altíssimas velocidades de contorno de curva. É claro que um pneu de caminhão é projetado para carregar muito peso, nunca para conseguir uma boa aderência na velocidade de um Truck. Um caminhão comum de estrada, é concebido para viajar a 80 Km/hora, um Truck chega fácil na casa dos 200 Km/hora! Dessa maneira, cabe ao piloto ter sensibilidade para acelerar na hora certa, isto é, se voltar o pé ao acelerador um metro apenas antes do tempo correto, corre o risco de não conseguir manter o Truck na linha de saída de curva e ir para fora da pista.

Outro fato importante, é que em face ao peso, o piloto nunca pode abusar da freada, porque senão perde o ponto certo de entrada na curva, perde a frente ou a traseira e não consegue o contorno ideal. Não se pode esquecer também, que na verdade todos os autódromos brasileiros foram concebidos para corridas de carros e, portanto as pistas são um pouco estreitas para os gigantescos Trucks. Falando assim parece muito fácil, mas a realidade é outra porque numa corrida existem 25 pilotos querendo andar o mais rápido possível, e os únicos pontos de uma ultrapassagem segura, são as freadas ou as saídas de curvas.

Dessa maneira cabe ao piloto conciliar esta delicadeza da guiada com a rapidez necessária para manter ou ganhar posições durante uma prova. Qualquer pequena vacilada é o suficiente para o piloto sair da pista e perder várias posições ou a própria corrida. Conseguir ter paciência e tranqüilidade para respeitar o peso e a velocidade do caminhão e ao mesmo tempo ser rápido e abusado para ganhar posições é o grande desafio dos pilotos da Fórmula Truck.

Em função dessas variáveis aliadas a dificuldade de acerto do caminhão para cada autódromo, fazendo as escolhas certas de suspensão, motor e relação de diferencial, no sentido de obter a melhor performance, eu acho extremamente difícil guiar bem um Fórmula Truck. Já disse outro dia que pilotar um Fórmula Truck é um paradoxo, um gigante extremamente pesado e veloz, que exige uma guiada absolutamente delicada e sensível! É isso aí. Até a próxima.

(T) Volta Rápida: Emoção garantida!


Olá, moçada!

A última etapa da Copa Nextel, realizada no Autódromo de Santa Cruz do Sul, no oeste do Rio Grande do Sul, foi brilhantemente vencida pelo carioca Cacá Bueno, que confirmou sua habilidade e sorte no travado circuito, na medida em que obteve sua terceira vitória nesta pista complicada.

Para confirmar a tradição, um frio intenso insistiu em permanecer por todos os dias da última semana, com temperaturas muito próximas do zero, ajudadas por um cortante vento bem ao estilo gaúcho. Mesmo assim, quase 30 mil pessoas compareceram ao autódromo, embora a corrida tenha sido realizada no sábado, pela primeira vez nesta temporada.

Gosto muito de estar nas corridas realizadas no Rio Grande do Sul, em função dos gaúchos cultivarem uma imensa paixão pelo automobilismo, esporte que já faz parte de suas tradições e comparecerem com toda a família na pista, dando um colorido diferenciado ao autódromo, com suas barracas e seus trailers.

Nesta corrida tive uma emoção adicional, porque fui convidado pelo meu amigo e piloto da Copa Nextel, Carlão Alves, para dar uma volta no seu Stock Car volta rápida, no evento para os convidados da Goodyear. Nem de longe poderia imaginar o que eu teria pela frente. Enquanto aguardava a minha vez, achava engraçada a expressão que os convidados ficavam, quando desciam do carro, após a “tal” volta rápida. Pensava comigo mesmo: “eles ficam com essa cara, porque nunca andaram num carro de corridas e comigo não vai ser assim.” Ledo engano!

Quando chegou minha hora, coloquei a bala clava, o capacete, e o Maurinho funcionário do Carlão, me amarrou no carro com o cinto de segurança de seis pontos. Internamente o carro é idêntico a um Stock Car, apenas com um banco adicional para os convidados. Externamente também o carro é o mesmo, um V8 com mais de 400 cavalos, com direito a cambio seqüencial e tudo o mais. Na verdade, tem até as molas e os amortecedores mais duros que o próprio Stock Car do Carlão.

Ele olhou para ver se eu estava pronto, e então ligou o poderoso V8, que urrou com vontade de correr, engatou a primeira marcha e acelerou como se fosse uma largada. Como a tenda para os convidados estava montada perto da linha de largada, no inicio da grande reta dos boxes, quando nos aproximamos do ponto de freada no fim da reta, acredito que já estávamos perto dos duzentos, aí é que começou a verdadeira emoção. Claro que eu achei que o carro não iria parar, a velocidade era muito grande e o ponto de freada muito próximo da curva. O Carlão demonstrando grande conhecimento do carro freou forte e reduziu três marchas utilizando-se do punta-taco. Realmente foi incrível sentir todo aquele peso torcer, reclamar e entrar de uma só vez na forte curva para a esquerda.

O circuito de Santa Cruz é repleto de subidas e descidas, e em todas as freadas eu tinha certeza que o carro não iria conseguir parar e obviamente escapar da pista. Em nenhum momento isso aconteceu tudo era controlado com maestria pelo Carlão, que guiava como se fosse um pequeno carro de 1000 cilindradas, totalmente dominado. A pior de todas as curvas foi a da Bota, onde eu pensei que iríamos direto até lá em cima nos boxes. A força G é impressionante, ela te joga de um lado para outro querendo te arrancar do banco.

Quando a volta terminou tive uma sensação muito estranha, certo alívio e ao mesmo tempo a impressão que foi pouco, que poderíamos ter dado outra volta. Como uma criança que leva um susto, mas quer sentir novamente o prazer da brincadeira. Imagino a emoção dos convidados, certamente nunca mais vão esquecer essa aventura. Eu já tinha guiado um Stock Car V8 em Curitiba, num teste de pneus, mas pilotar é uma coisa, ser passageiro de um piloto profissional num Stock Car é totalmente diferente. Quem não acreditar, porque já conhece tudo, deve dar uma “voltinha” na pista com o Carlão. É isso aí até a próxima
paulinhoxx@yahoo.com.br