terça-feira, 8 de dezembro de 2009

(T) Thiago Camilo: Fênix de Interlagos!




(texto para o site
carros e corridas)



Olá, moçada!


Fênix é uma figura mitológica cuja definição, segundo o dicionário Aurélio, é a seguinte: (mitologia) ‘Ave fabulosa, que, segundo a tradição egípcia, durava muitos séculos e, queimada, renascia das próprias cinzas’.


Além dos egípcios, outros povos da antiguidade, como gregos e chineses também tinham crença na ave lendária que renasce das próprias cinzas. Em todas as mitologias o significado é o mesmo: perpetuação, ressurgimento e esperança que nunca tem fim.


Na última etapa da Copa Nextel Stock Car realizada no domingo (6), no Autódromo Internacional José Carlos Pace, em Interlagos, surgiu um tipo de Fênix, não um pássaro, mas um piloto e sua equipe, que renasceram das próprias cinzas.


No primeiro treino realizado na sexta feira, com pista úmida, logo nas voltas iniciais, o piloto paulistano Thiago Camilo, perdeu o freio no fim da reta dos boxes, na freada do S do Senna, numa velocidade em torno dos 270 quilometros por hora, e bateu violentamente na barreira de pneus, e continuou se despedaçando por mais de cem metros, destruido completamente toda a frente e a lateral de seu Stock Car.


Felizmente neste ponto da pista, existe uma grande área de escape, o que evitou um acidente de consequências gravíssimas para a integridade física do piloto. Camilo após ter sido resgado pelo carro de socorro da Stock Car, ficou muito abalado com a destruição de seu carro, e viu todo o seu projeto da corrida, terminar dessa maneira, logo nas primeiras voltas do primeiro treino.


Como a categoria Stock Car não permite o uso carro reserva, ficou óbvio que Camilo não poderia mais participar desta derradeira etapa do campeonato, embora tivesse chances matemáticas de chegar ao título de vice-campeão.


O treino prosseguiu normalmente e Thiago Camilo certamente já era considerado pelos seus adversários, uma carta fora do baralho e do campeonato. O carro foi recolhido aos boxes e sua equipe pode avaliar o enorme estrago.


Nós que estávamos lá em Interlagos, quando soubemos que Camilo nada tinha sofrido fisicamente, ficamos mais tranquilos e continuamos o nosso trabalho, acompanhando o desenrolar de todos os outros treinos.


No sabado, para surpresa de todos os presentes no autódromo, o Stock 21 de Thiago Camilo, apareceu novamente, com umas partes da carenagem sem pintura e meio feio, mas aparentemente pronto para participar do último treino que antecede a classificação.


Camilo deu algumas voltas e ficou apenas na 30ª posição. Trigésima. Ninguém estranhou, pelo contrário, todos acharam incrível que a equipe pudesse ter refeito todo o carro, um trabalho que em condições normais, demoraria pelo menos uma semana para ser feito. Na verdade a equipe trabalhou a noite inteira, até as seis horas da manhã, para tentar recuperar os destroços do carro.


A classificação que define o grid de largada, é dividida em três partes distintas. Na primeira parte, quando todos os carros entraram na pista, Camilo ficou com a surpreendente segunda colocação; na segunda etapa da classificação quando apenas os dezeseis melhores participam, Thiago Camilo ficou com o primeiro tempo; na terceira etapa, quando apenas os seis melhores entram na pista, Camilo novamente estabeleceu o primeiro tempo, com a marca de 1:40.070 , e média horária de 155,01 Km/h, quase meio segundo na frente de Allan Kodhair.


Apenas um dia depois da enorme pancada que destruiu o seu carro, Fênix já tinha dado o seu primeiro vôo espetacular e conquistado a pole position. O segundo aconteceu no domingo, quando Camilo com o carro já todo pintado e brilhando, largou na pole, dominou toda a corrida, estabeleceu a melhor volta e venceu de ponta a ponta. Ainda por cima conquistou o inédito título de vice-campeão brasileiro.


Este desempenho espetacular de Thiago Camilo e de sua equipe, só pode mesmo ser comparado com uma figura da mitologia. Dificilmente na história atual do automobilismo brasileiro será repetida. É incrível, mas é verdadeira. É isso aí. Até a próxima.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

(R) Copa Vicar: Julio Campos termina a corrida e o campeonato na terceira colocação

São Paulo – 07/12/09 – O paranaense Julio Campos (Sherwin Williams-Metalatex), piloto do Peugeot 99 da Carlos Alves Competition Team, conseguiu mais um pódio para sua coleção, ao cruzar a linha de chegada na terceira colocação, na última corrida da bem sucedida história da Copa Vicar, que aconteceu ontem (6) no Autódromo José Carlos Pace, em Interlagos.

Tiago Gonçalves chegou na segunda posição e Gustavo Sondermann foi o grande vencedor, sendo o único piloto a vencer duas provas nesta temporada, que sem dúvida nenhuma foi a mais disputada dos últimos anos da Copa Vicar.

Julio Campos foi o único piloto a pontuar em todas as 9 etapas do campeonato e também o que marcou o maior número de pontos nesta temporada, 127, mas em função do sistema de pontuação que prevê dois descartes, foi prejudicado pela sua própria regularidade. Em face dessa regra, terminou o campeonato na terceira colocação, uma vez que para garantir o título teria que terminar a corrida, na pior das hipóteses, na segunda colocação.

Marcelo Tomasoni (CM Capital Markets), piloto do Peugeot 98, pela primeira vez na temporada, não pode concluir a corrida por uma quebra no cambio, logo no início da prova. Tomasoni vem vindo de um processo crescente de evolução técnica, uma vez que na última corrida realizada em Brasília, conseguiu largar na terceira posição, menos de um décimo de segundo atrás de Julio Campos.

Tomasoni enfrentou um grande desafio nesta sua primeira temporada, que foi dividir o box com um piloto extremamente rápido e experiente como Campos. Mas, ao invés de se retrair e sofrer com a grande pressão evoluiu e aprendeu muito com as dicas do companheiro, demonstrando grande vontade de melhorar e até de lutar por vitórias na próxima temporada. Foi um ano de verdadeiro aprendizado para o paulistano.

Carlão Alves, o titular da equipe, não tem do que reclamar desta temporada, que na realidade foi a sua primeira fora do volante, depois de mais de vinte anos de pilotagem. Carlão usou de seu conhecimento técnico para conseguir duas vitórias para sua equipe, uma com Julio Campos em Santa Cruz do Sul e outra com o paranaense Rodrigo Sperafico em Curitiba, que foram fundamentais para a classificação da equipe.

A transição da pilotagem para o comando da equipe é muito complicada, por que são situações completamente diferentes. Mas, em virtude de sua experiência atrás do volante, Carlão pode compreender as necessidades de seus pilotos e atendê-las dentro do possível. Tomasoni e Campos tiveram um ótimo convívio dentro da Carlos Alves Competition Team e até mesmo Sperafico que fez apenas duas corridas, mas de grande valor para a equipe, mantém um contato estreito com Carlos Alves.

Dessa forma, Carlão fecha a temporada da Copa Vicar com “chave de ouro”, na medida em que sua equipe obteve duas vitórias e a classificação para “subir” para a Copa Nextel em 2010.

Resultado oficial da 9ª e última etapa da temporada:
1º) Gustavo Sondermann (SP/Gramacho Costa), 41min02s298

2º) Tiago Gonçalves (SP/DCM Motorsport), a 6s883

3º) Júlio Campos (PR/Carlos Alves Competições), a 19s876

4º) Felipe Lapenna (SP/Full Time Junior Team), a 20s508

5º) Diego Freitas (BA/Hot Car Racing), a 23s349

6º) Cássio Homem de Mello (SP/Scuderia 111), a 29s984

7º) Leandro Romera (SP/RS Racing), a 25s513

8º) Eduardo Leite (SP/DCM Motorsport), a 28s258

9º) André Bragantini (SP/FTS Competições), a 30s598

10º) Eduardo Berlanda (SC/F&F Racing), a 31s159

11º) Wellington Justino (GO/Hot Car Racing), a 31s330

12º) Renato Russo (SP/ATW Racing), a 32s509

13º) Leonardo Vital (SP/RC3-Bassani), a 46s178

14º) Daniel Pflaumer (SP/Nascar Motorsport), a 1min03s871

15º) Cristiano Federico (SP/ATW II), a 1min04s930

16º) Renato Rattes (SP/RS Racing), a 1min14s373

17º) Sérgio Jimenez (SP/Scuderia 111), a 1min34s644

18º) Marcelo Cesquim (SP/Cesquim Racing), a 1min39s673

19º) André Nicastro (SP/Nascar Motorsport), a 1 volta

20º) Leonardo Medrado (SP/ATW II), a 1 volta

21º) Sérgio Vida (PR/Vida Racing), a 1 volta

22º) Ítalo Silveira (MS/MX Prata Sports), a 5 voltas

23º) Rodrigo Navarro (SP/Gramacho Costa), a 6 voltas


Melhor volta: Sondermann, na 4ª, 1min45s337, média de 147,26 km/h
Campeonato:

1º) Rafael Daniel, 117 pontos
2º) Felipe Lapenna, 117
3º) Julio Campos, 115


PAULO VALIENGO comunicação MTb 56.052
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