sexta-feira, 17 de julho de 2009

(T) A mão de obra do piloto!





(texto publicado no site oficial da
stock car e no jornal Super Auto)

Olá, moçada!


O automobilismo de competição é e sempre será, uma atividade fascinante. O automóvel, desde sua invenção encanta e apaixona o homem moderno. Em face dessas premissas, o piloto de corridas é sempre visto como o herói solitário, que desafia a morte e domina a máquina em altíssimas velocidades. Tudo isso é verdade, mas a vida de um piloto profissional, não é assim tão simples e glamourosa.

Além de toda a dedicação e esforço que um piloto precisa fazer para ingressar numa grande equipe, durante um fim de semana de competição, tem que dar tudo de si, principalmente numa categoria tão competitiva e excludente, como é a Stock Car. A corrida na verdade começa nos treinos de sexta feira, que são apenas dois, e com limitação no número de voltas.

Neste curto espaço de tempo, além de procurar a melhor performance para o seu carro, o piloto tem que se adaptar com as características do circuito, não com o traçado, mas sim com as condições de pista daquele dia.
Se a pista está suja de terra ou de areia, se esta pouco emborrachada e sem “grip” em função de muitos dias de chuva, se está muito escorregadia em virtude de óleo deixado por outras categorias e assim por diante.

Dentro deste quadro de dificuldades, cabe ao piloto procurar o melhor “caminho” para ser rápido, freando um pouco mais cedo, desviando das manchas de óleo, demorando um pouco mais para voltar o pé ao acelerador, enfim experimentando e decifrando a pista e o equipamento.

No sábado, no curtíssimo tempo da classificação, que ira definir o grid de largada, geralmente a pista está mais rápida, isto é, mais emborrachada em virtude dos resíduos de pneus de mesmo composto, deixado pelos outros concorrentes. Nesta prática do sábado, é colocado um jogo de pneus novos, e como vocês sabem os pneus slick da Stock, são muito macios, e só são mais rápidos na primeira volta. Na segunda em geral perdem um pouco, portanto, o tempo tem que vir naquela primeira volta! Nesse momento o piloto precisa de toda concentração, habilidade, coragem e muita sorte para não ser atrapalhado por um concorrente.

Com um set de pneus novos, o piloto pode frear de 10 a 20 metros mais tarde, isto é, mais próximo da entrada da curva, e voltar o pé para o acelerador um pouco mais cedo, porque o pneu novo tem maior aderência no contorno da curva. Assim, o ideal é frear o mais tarde possível, soltar logo o pedal do freio e voltar o pé para o acelerador dosando a potência do motor, sem perder a trajetória. O fator complicador é que o Stock é um carro de 1.200 kg, que está quase sempre acima de 200 km por hora e com uma potência de 450 cavalos.

A classificação talvez este seja o momento mais tenso do evento, uma vez que os fatos demonstram, que na Stock só vence quem larga no máximo até a 6ª posição. Na classificação, a pressão sobre o piloto é muito maior, por que como o pneu só é rápido na primeira volta, se errar e não tiver outro set disponível e lacrado, larga nas últimas posições, sem a menor chance de vitória.

Na corrida, além de procurar ganhar posições já na primeira freada, o piloto deve tirar tudo de si e do equipamento, como se a corrida fosse de uma volta apenas, evitar olhar nos espelhos retrovisores e não falar pelo rádio com os boxes. Em geral, a corrida se define nas três ou quatro voltas iniciais, lembrando que os pneus perdem aderência a partir da segunda volta e fica mais fácil errar. Do meio da corrida em diante, o piloto tem que cuidar dos pneus. Se tiver uma guiada muito agressiva, lixando demais os pneus na pista, certamente eles vão se acabar antes do término da corrida.

Nas ultrapassagens que são extremamente difíceis, o piloto pode e deve abusar dos freios, mesmo que perca um pouco a trajetória da curva e desde que não tome um “X” na saída e estrague tudo o que conseguiu. Existe também um reservatório de nitro, que aumenta em alguns cavalos a potência do motor, e que pode ser utilizado algumas poucas vezes durante a prova, no sentido de facilitar uma ultrapassagem. O abastecimento é outro momento crucial da corrida, qualquer vacilada da equipe, pode prejudicar todo o trabalho do piloto na pista e por outro lado, quando é rápido e eficiente, pode proporcionar algumas posições na corrida, ou até mesmo a vitória.

Trabalhar com todos esses dados é a função de um piloto profissional. Parece simples e romântico, mas na prática, é muito difícil e extenuante. Realmente é necessário uma mão de obra especializada!

Portanto, se o piloto conseguir administrar tudo isso que vimos acima, tiver uma grande dose de sorte e um ótimo equipamento, pode se aventurar a ganhar uma corrida na Stock Car e ser considerado um verdadeiro herói! É isso aí. Até a próxima

(R) Julio Campos sobe para a liderança da Copa Vicar


São Paulo - 06/07/09 - O piloto Julio Campos (Sherwin Williams-Metalatex) contratado da equipe paulistana Carlos Alves Competition Team, chegou apenas na oitava colocação na quarta etapa da Copa Vicar, realizada no último domingo no Autódromo Internacional José Carlos Pace em Interlagos, mas marcou pontos suficientes (49) para se colocar na liderança do torneio, posição que divide com o paulistano Tiago Gonçalves.

Julio Campos vinha fazendo uma ótima corrida e já ocupava a terceira colocação, embora tivesse feito apenas o sétimo tempo na sessão de classificação que foi realizada na sexta feira (03), quando na última volta da prova na freada da junção, perdeu inicialmente a posição para André Bragantini, que numa manobra extremamente arriscada e perigosa, deu um "mergulho” desesperado sobre o carro de Campos.

Para evitar um acidente de grandes proporções para os dois carros, Campos usou de experiência e maturidade para "tirar” o carro para "fora” do ponto de tangência, mas quando tentou voltar para "dentro” do traçado, foi desta vez tocado pelo outro carro da equipe de Bragantini e rodou, mas, mesmo assim conseguiu voltar para a pista e cruzar a linha de chegada na oitava posição.

"Não tinha jeito, ou eu tirava o carro do traçado ou o Bragantini ia subir por cima de mim. Perdi muito pontos importantes para o campeonato, mas pelo menos preservei o carro da equipe”, desabafou o experiente curitibano.

Bragantini que amargava apenas 8 pontos no campeonato, certamente se sentiu a vontade para se precipitar sobre o carro de Campos, mas, todos sabemos que esse tipo de manobra voluntariosa, constantemente não dá certo e não faz com que o piloto obtenha respeito de seus colegas.

O que realmente importa é que Campos atualmente está na liderança do campeonato, posição que divide com o piloto Tiago Gonçalves que chegou na segunda colocação na corrida.

Marcelo Tomasoni
O outro piloto da equipe Carlos Alves Competition Team, o paulistano Marcelo Tomasoni (CM Capital Markets), tentou repetir a boa performance de Santa Cruz do Sul, quando largou na 20ª posição e terminou a corrida em sétimo, mas aqui em Interlagos não conseguiu extrair uma boa performance de seu carro.Teve que se conformar em terminar a prova apenas na 17ª posição, tendo conquistado apenas 6 posições no decorrer da corrida, uma vez que largou na 23ª colocação do grid.

"O meu carro teve uma pane elétrica grande na sexta feira, quando foram realizados os treinos e a classificação, o que me impediu de andar no limite e conseguir passar as informações corretas para o Carlão. Na corrida ficou com a suspensão muito dura, lançando a traseira, não sendo possível despejar toda a potência do motor. Mas, vamos para próxima”, afirmou Tomasoni, demonstrando animo.

A próxima etapa da Copa Vicar, acontecerá apenas no dia 20 de setembro, no Autódromo Internacional do Rio de Janeiro.
NOTA DE SOLIDARIEDADE: Todos nós da Carlos Alves Competition Team, sentimos muito o incidente com a carreta da equipe amiga Action Power e prestamos nossa solidariedade.

Acesse:
www.sherwinwilliams.com.br
Acesse:
www.cmcapitalmarkets.com.br