sexta-feira, 13 de novembro de 2009

(T) Concentração deve ser fator primordial na carreira de um piloto profissional





(texto para o site

carros e corridas)



Olá, moçada!



Sempre falamos ou ouvimos falar do acerto e da preparação do carro de corrida. Todos os pilotos, na Stock Car e em outras categorias, lutam o tempo inteiro para ter um carro bem acertado e que permita uma boa performance. Mas existem fatores adicionais, que podem decidir uma boa colocação no grid de largada, ou até mesmo o resultado de uma corrida, bem como evitar uma tragédia na pista.


O poder de concentração do piloto é quase tão importante quanto à qualidade do seu equipamento e a sua própria habilidade. No automobilismo, diferentemente de outros esportes, qualquer vacilada pode ter conseqüências muito graves, para o piloto ou para os outros concorrentes.


Lembro-me muito bem do que aconteceu quando fiz minha segunda corrida pela categoria, no Autódromo de Interlagos, a bordo de um Opala 4 100 de 6 cilindros, o precursor do Stock Car, na temporada de 1978. Como terminei a corrida de estréia no Rio de Janeiro na 15ª colocação, mesmo largando em 32º, fiquei tão cheio de moral, que convidei minha família para assistir a prova de São Paulo.


No primeiro treino já tive um grande contratempo. Quando estava saindo do box para a classificação, um mecânico estava debruçado sobre o motor do carro de sua equipe, quando mangueira do radiador estourou e a água fervendo jorrou em cima dele, que saltou para traz e “atropelou“ meu carro. Parei todo assustado para ver o que tinha acontecido, mas fui severamente repreendido pelo meu amigo e professor, Alfredo Guaraná Menezes, que me mandou seguir em frente.


O Guaraná já era um campeão consagrado, um dos raros pilotos profissionais do automobilismo brasileiro na época, e estava pacientemente me assessorando na pista. Por ser completamente inexperiente, fiquei muito abalado com o ocorrido, perdi a concentração e não consegui um bom tempo na classificação. Fiquei bastante chateado com o acidente.


O mecânico teve o seu tornozelo quebrado quando passei com a roda por cima do seu pé. O Guaraná depois me explicou que eu não deveria ter parado, pois estava saindo para a classificação e deveria estar completamente concentrado em virar um bom tempo. Confesso que naquele dia achei o Guaraná uma pessoa sem coração.


No dia seguinte, repeti a dose. No grid depois da volta de apresentação, vi o meu pai e quase toda minha família me acenando do lado de fora da cerca e acenei de volta no momento exato em que a largada foi dada. O resultado é óbvio: fui ultrapassado por todos os lados pelos carros que estavam atrás. Fiz uma péssima corrida e não marquei nenhum ponto no campeonato. Depois da prova, com a cabeça mais fria, concluí que o Guaraná tinha toda razão. Um piloto nunca deve perder a concentração. Na pista, pode ser condição de sobrevivência!


Portanto, tão importante quanto o árduo trabalho de acerto do carro, são os trabalhos físicos e mentais que o piloto precisa fazer para guiar bem durante um fim de semana de corrida. Está provado que o condicionamento físico ajuda e muito na capacidade de se concentrar. Todos nós nos lembramos, do esforço que o inigualável Ayrton Senna teve que fazer para melhorar sua forma física.


Ele que era um superdotado, guiava como ninguém, mas precisou reforçar inteiramente a sua musculatura para conseguir guiar uma corrida inteira no limite. No automobilismo é assim mesmo: o tempo inteiro com o pé em baixo. Guiar no limite consome muita energia, e o piloto precisa estar rigorosamente em forma. A concentração absoluta pode garantir um décimo de segundo a menos na classificação, o que equivale a muitas posições num grid de largada.


Por outro lado, já presenciamos acidentes de grandes proporções no automobilismo, e na própria Stock Car, que talvez pudessem ser evitados se os pilotos estivessem plenamente concentrados. A capacidade de concentração tem que estar no seu fator máximo, uma vez que os carros estão cada vez mais rápidos e potentes, ultrapassando o limite de resistência do piloto.


Num grid repleto como o da Stock Car, tudo pode acontecer desde o momento da largada, até a bandeirada final, e os sentidos precisam estar em total estado de alerta para driblar os imprevistos e conseguir um lugar no pódio.


Dessa forma, fica claro que aquele automobilismo “old fashioned”, em que o piloto era um playboy que curtia baladas noturnas, tomava umas e outras, e no dia seguinte ia para pista correr, morreu nos anos 70! É isso aí. Até a próxima.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

(R) Copa Vicar: Julio Campos mantém a vice-liderança na prova do Distrito Federal


Oito provas, oito vencedores diferentes

São Paulo – 09/11/09 – Numa prova tumultuada que terminou sob bandeira amarela, o curitibano Julio Campos (Sherwin Williams-Metalatex), piloto do Peugeot 99 da Carlos Alves Competition Team, conquistou mais um pódio nesta temporada, cruzando a linha de chegada na segunda posição, na 8ª etapa da Copa Vicar que aconteceu ontem (8), no anel externo do Autódromo Internacional Nelson Piquet, em Brasília (DF).


Julio Campos que ocupava a pole position fez uma boa largada e conseguiu se distanciar de seus concorrentes. Dominou mais da metade da corrida, mas aos poucos acabou sendo superado por seu maior adversário o paulistano Rafael Daniel, que foi o vencedor da prova e continua o líder do torneio.Com esse pódio e os vinte pontos conseguidos pelo segundo lugar, Campos mantém a vice-liderança do campeonato, totalizando 111 pontos, mas com uma distância um pouco maior para Rafael Daniel que está com 117 pontos, faltando apenas a etapa de Interlagos, que será realizada no dia 06 de dezembro.


O outro piloto da equipe, o paulistano Marcelo Tomasoni (CM Capital Markets), que conseguiu sua melhor posição no grid durante esta temporada, largou em terceiro e foi muito combativo durante a corrida, sendo atacado por todos os lados por seus experientes adversários. Perdeu algumas posições no decorrer da prova, cruzando a linha de chegada em décimo, mas como bem ressaltou o comentarista da Race TV, o consagrado Edgard Mello Filho, "Tomasoni contabilizou horas de vôo muito importantes”, não se envolvendo em nenhum acidente dos vários que aconteceram no pelotão intermediário, principalmente por que esta é sua primeira temporada completa na categoria.


Carlão Alves, o titular da equipe, comentou o resultado da corrida:


"Fizemos uma boa corrida que não fugiu de nossas expectativas. O Julinho lutou o que pode. Os carros do Maurício Ferreira estavam muito competitivos, principalmente pelo fato de que ele também disputa a Copa Nextel, e logicamente aproveita todas as informações para usá-las aqui na Vicar”, contou Carlão.


"O Tomasoni fez uma boa prova, não se envolveu em nenhuma confusão, trouxe o carro inteiro e ainda marcou pontos importantes para a sua subida na tabela do campeonato. Ele está evoluindo muito e ganhando experiência", disse Carlão.


"Nossa próxima meta é lutar pela vitória em Interlagos e conseguir o campeonato para o Julinho”, finalizou o titular da equipe.


A Copa Vicar transformou-se sem dúvida nenhuma, na categoria mais competitiva do automobilismo brasileiro, na medida em que já foram realizadas oito etapas nesta temporada, com oito vencedores diferentes, confirmando o profissionalismo de seus pilotos e equipes, cumprindo sua função de último degrau para quem quiser se aventurar na Copa Nextel.


A próxima etapa da Copa Vicar, que acontecerá no Autódromo Internacional José Carlos Pace em Interlagos, será sem dúvida um grande espetáculo, onde será conhecido o campeão do torneio, apenas na última corrida da temporada.


Resultado oficial da oitava etapa:
1º) 22 - Rafael Daniel (P3, SP), 34 voltas em 42:00.680 (média de 141,74 km/h)

2º) 99 - Julio Campos (P3 , PR), a 1.9203

3º) 8 - Diogo Pachenki (CA , PR), a 2.876

4º) 10 - Felipe Lapenna (P3 , SP), a 3.449

5º) 73 - Sergio Jimenez (CA , SP), a 4.366

6º) 26 - Wellington Justino (CA , GO), a 5.653

7º) 69 - Tiago Gonçalves (P3 , SP), a 6.735

8º) 14 - Diego Freitas (P3 , BA), a 8.223

9º) 11 - Pedro Boesel (CA , PR), a 8.551

10º) 98 - Marcelo Tomasoni (P3 , SP), a 9.490

11º) 62 - Renato Russo (P3 , SP), a 10.250

12º) 23 - Marco Cozzi (CA , SP), a 11.218

13º) 4 - Gustavo Sondermann (P3 , SP), a 12.637

14º) 31 - Italo Silveira (CA , MG), a 13.506

15º) 44 - Daniel Pflaumer (CA , SP), a 14.586

16º) 90 - Eduardo Leite (P3 , SP), a 15.276

17º) 12 - Leonardo Vital (P3 , SP), a 15.859

18º) 16 - Afonso Bastos (P3 , SP), a 17.418

19º) 88 - Leandro Romera (CA , SP), a 18.498

20º) 17 - Eduardo Berlanda (P3 , SP), a 20.155

21º) 36 - Sergio Vida (P3 , PR), a 1 volta

22º) 21 - Lucas Finger (CA , SP), a 2 voltas

23º) 92 - Renato Rattes (CA , SP), a 2 voltas

24º) 28 - Galid Osman (P3 , SP), a 3 voltas

25º) 13 - André Bragantini (P3 , PR), a 5 voltas

26º) 1 - Andre Nicastro (CA , SP), a 8 voltas

27º) 43 - Cássio H de Melo (CA , SP), a 9 voltas

28º) 3 - Leonardo Medrado (P3 , RJ), a 17 voltas

29º) 18 - Rodrigo Navarro (P3 , SP), a 20 voltas

30º) 9 - Cristiano Federico (P3 , SP), a 21 voltas


Melhor Volta: André Bragantini, 1:02.654 (167,72 km/h)





PAULO VALIENGO comunicação MTb 56.05211


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