(texto para a revista Talento e Motor)
Olá, moçada!
Rubens Barrichello numa corrida espetacular e inesquecível venceu neste domingo (23) o GP da Europa, realizado no circuito de Valência na Espanha e escreveu para sempre o seu nome na 100.ª vitória brasileira na Fórmula Um.
O piloto não vencia há quase cinco anos, quando ganhou o GP da China em 26 de setembro de 2004, ainda correndo pela Ferrari. Além de conquistar sua 10ª vitória na categoria e entrar novamente na briga pelo título, por que voltou para a vice-liderança do torneio, Rubinho derrotou adversários muito importantes nesta corrida.
O primeiro deles foi seu próprio companheiro de equipe, o inglês Jenson Button que estava logo atrás no grid, na quinta posição, enquanto Barrichello largaria em terceiro. Rubinho desapareceu do companheiro de time, que fez uma péssima largada e chegou apenas na sétima colocação.
Pilotando um carro muito mais pesado que os outros adversários, Barrichello largou bem, manteve a terceira posição, resistindo aos ataques de Kimi Haikkonen. Imprimindo um forte ritmo, acompanhou bem de perto a McLaren do finlandês Heikki Kovalainen, que era o fiel escudeiro do britânico Lewis Hamilton. Aliás, no começo da carreira de Hamilton na Fórmula Um, ele afirmou que vinha para a categoria para ser um piloto vencedor, disse “que não vinha para ser mais um Barrichello”. Queimou a língua e tomou um memorável pau do veterano brasileiro.
O terceiro adversário, “a idade”, talvez o pior deles, também foi derrotado com maestria por Barrichello, uma vez que pilotar debaixo de um calor seco há mais de 50 graus no interior do carro, mostra que está em plena forma física e mental, na medida em que não cometeu sequer um mínimo erro durante toda a corrida.
Além de suportar toda a pressão de não ter vencido até agora na Brawn GP, onde seu companheiro teve muita sorte, competência e certo favorecimento para ganhar cinco corridas nesta temporada, após a parada de Hamilton nos boxes para reabastecimento, Barrichello foi alertado por seu engenheiro que precisaria fazer “quatro voltas como se estivesse classificando”, para poder diminuir a diferença para o líder.
Depois de 32 voltas de corrida, debaixo de um calor mortal, fazer quatro voltas “como se estivesse classificando”, isto é, andando no limite extremo do físico e do carro, realmente não é uma missão para qualquer um, mesmo em se tratando de pilotos de Fórmula Um. Pois bem, Rubinho deu conta do recado e “virou” uma volta melhor do que a outra até a sua entrada nos boxes. Voltou para a pista na primeira posição e liderou até o final da corrida.
Claro que a McLaren errou no abastecimento de Lewis Hamilton, perdendo alguns segundos, mas se isto não tivesse acontecido, Rubinho ainda assim teria voltado na frente do inglês e vencido a corrida como fez. Com essa performance brilhante, Barrichello deu uma resposta redentora e definitiva para os críticos de plantão, que já o acompanham há muito tempo.
Sendo o único brasileiro na pista, uma vez Nelsinho Piquet foi dispensado pela Renault e que Felipe Massa está no Brasil ainda se recuperando do grave acidente, Rubinho além de homenagear Massa com veemência, honrou o automobilismo brasileiro com a sua 100ª vitória na Fórmula Um, empreitada iniciada pelo inesquecível Emerson Fittipaldi.
Com está fantástica vitória, Rubinho provou para todos, inclusive para os membros de sua própria equipe, que está apto a lutar pelo título, que acelera tanto ou mais que qualquer um, e que se tiver um equipamento igual, é um fortíssimo adversário. É isso aí. Até a próxima.
Resultado do GP da Europa:
1.º - Rubens Barrichello (BRA/Brawn GP), em 1h35min51s289
2.º - Lewis Hamilton (ING/McLaren), 2s358
3.º - Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari), 15s994
4.º - Heikki Kovalainen (FIN/McLaren), 20s032
5.º - Nico Rosberg (ALE/Williams), 20s870
6.º - Fernando Alonso (ESP/Renault), 27s744
7.º - Jenson Button (ING/Brawn GP), 34s913
8.º - Robert Kubica (POL/BMW Sauber), 36s667
9.º - Mark Webber (AUS/Red Bull), 44s910
10.º - Adrian Sutil (ALE/Force India), 47s935
11.º - Nick Heidfeld (ALE/BMW Sauber), 48s822
12.º - Giancarlo Fisichella (ITA/Force India), 1min03s614
13.º - Jarno Trulli (ITA/Toyota), 1min04s527
14.º - Timo Glock (ALE/Toyota), 1min26s519
15.º - Romain Grosjean (FRA/Renault), 1min31s774
16.º - Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso), 1 volta
17.º - Luca Badoer (ITA/Ferrari), 1 volta
18.º - Kazuki Nakajima (JAP/Williams), 3 voltas
2.º - Lewis Hamilton (ING/McLaren), 2s358
3.º - Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari), 15s994
4.º - Heikki Kovalainen (FIN/McLaren), 20s032
5.º - Nico Rosberg (ALE/Williams), 20s870
6.º - Fernando Alonso (ESP/Renault), 27s744
7.º - Jenson Button (ING/Brawn GP), 34s913
8.º - Robert Kubica (POL/BMW Sauber), 36s667
9.º - Mark Webber (AUS/Red Bull), 44s910
10.º - Adrian Sutil (ALE/Force India), 47s935
11.º - Nick Heidfeld (ALE/BMW Sauber), 48s822
12.º - Giancarlo Fisichella (ITA/Force India), 1min03s614
13.º - Jarno Trulli (ITA/Toyota), 1min04s527
14.º - Timo Glock (ALE/Toyota), 1min26s519
15.º - Romain Grosjean (FRA/Renault), 1min31s774
16.º - Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso), 1 volta
17.º - Luca Badoer (ITA/Ferrari), 1 volta
18.º - Kazuki Nakajima (JAP/Williams), 3 voltas
adoro suas reportagens
ResponderExcluirparabens
ass seu grande fã Guilherme
Muito obrigado Gui, pelo seu elogio.
ResponderExcluirTambém gosto muito de vc.
Um grande abraço, Paulinho.
Que bom poder ler uma reportagem tão bem escrita sobre a Stock Car,acho que os jornais poderiam falar mais desse grande esporte.
ResponderExcluirParabéns!!!
Ana Cristina
Fico feliz em poder ler uma reportagem tão bem escrita sobre a Stock Car e Formula 1.
ResponderExcluirParabéns por suas matérias!
Ana cristina V
Estamos orgulhosos de você!
ResponderExcluirNosso jornal continua sempre a disposição para qualquer tipo de divulgação.
Nossa homenagem ao seu valor hoje tão reconhecido.
Jornal Rádio Revista
Sonia Soares
Agradeço muito pelos comentários.
ResponderExcluirTenho o maior prazer e orgulho por escrever no jornal dessa família amiga!
Muito obrigado.
Paulo.